Fotografia de M. Wilson |
«A jovem ativista
sueca Greta Thunberg venceu o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, no
valor de um milhão de euros, que quer distinguir projetos inovadores dedicados
às alterações climáticas. É a primeira edição de uma distinção que quer
recompensar “novas ideias que contribuam para melhorar o futuro do planeta”.
Este ano, na sua primeira edição, o prémio é dedicado às alterações climáticas.
Foram recebidas 136 candidaturas. Greta
Thunberg deverá viajar até Lisboa para a cerimónia oficial de entrega deste
prémio que, ao contrário de outros que lhe foram atribuídos antes, aceitou
receber.
Num vídeo
gravado, a jovem sueca agradeceu o prémio e anunciou que o milhão de euros será
doado, através da fundação com o seu nome, a diferentes organizações e projetos
que tentam neste momento dar resposta à crise climática e ecológica. São ações,
disse ainda, que “lutam por um mundo sustentável e para proteger o mundo
natural”. De acordo com um comunicado da Gulbenkian, a Fundação Thunberg
"começará por doar os primeiros 200 mil euros à SOS Amazonia campaign, da Fridays
for Future Brazil, que combate a Covid-19 na Amazónia, e à Stop Ecocide Foundation para tornar o
ecocídio um crime internacional”.
A jovem sueca
ficou conhecida por ter dado início a um movimento global de combate às
alterações climáticas. Em 2018, Greta – que tem agora 16 anos – faltou às aulas
para acampar em frente do parlamento sueco, segurando uma placa onde se lia
“Skolstrejk för klimatet” (“Greve escolar pelo clima”). Atualmente, o movimento
Fridays
for Future, nascido desta luta solitária, junta milhões de jovens em
todo o mundo em greves climáticas. […]»
in PÚBLICO, 20 de julho de 2020