quinta-feira, fevereiro 27, 2020

UMA HISTÓRIA DE AMOR SEM "A"





Margarida Fonseca Santos lançou o desafio: escrever...



... uma HISTÓRIA de AMOR em 77 palavras e sem a letra "A"!



Os alunos lamentaram-se, protestaram, declarando solenemente que era impossível.
Depois, "enxugaram as lágrimas", deitaram mãos ao trabalho e os textos foram nascendo...

Aqui ficam alguns deles:


Eu gosto de um certo ser. Gosto muito dele. 
Pois… dele…
Ele é um coelho. É peludo, fofinho e surpreendentemente meigo. Eu gosto dele e sinto mesmo que sou o seu preferido. Sei bem que ele é um simples coelho, contudo tem um nome: Rodrigo. 
O fiel Rodrigo foi quem me contentou nos momentos de desespero e sofrimento. E só hoje, que deixou o nosso mundo e foi conhecer um sítio melhor, consegui dizer o que sinto.

S. G., 8.º A


O poderoso e surpreendente Cupido, com sorte, conseguiu descobrir o nosso mundo secreto, o som melodioso dos nossos meigos confrontos.

O nosso destino cruzou-se. Eu vi-te e prendi os meus olhos nos teus. Vi os teus presos nos meus. 
Hoje, o teu mundo é o meu mundo, os teus olhos, profundos como o breu, envolvem-me num sonho bonito.

 – Eu quero-te! – digo eu.

 – Eu quero-te junto de mim! – respondes tu.


O fogo quente que me entontece és tu.

T. M., 7.º B





Eis Leonor,
no percurso pelo bosque,
um belo pinheiro escolhendo 
onde se recoste.

Nesse girote moroso,
em tempo de estio,
colhendo lírios,
logo o descobriu.

Eis Luís,
homem bonito e louro,
embevecido, 
com voz de ouro começou:

- Porque colheis,
neste bosque perigoso,
esses belos lírios 
e esse bouquet frondoso? 

- Venho ver o meu bem,
que nesse mundo imenso
só no bosque encontro
e só nele penso.

E, sumindo-se os dois,
deixo-vos com o fim, pois!


A. S. F., 8.º C



Ilusório, este sonho de ser o teu sonho. Surgiste de repente, preenchendo o que sempre foi oco por dentro.

No momento em que os teus olhos escuros se detêm nos meus, sinto que o tempo se suspende, que todos os outros conseguem ver o que é mútuo, menos nós, que persistimos cegos pelo nosso fulgor, tontos de luz.
Convertemo-nos no seguro refúgio um do outro e eu pergunto-me se isso é genuíno... 

Só espero um desfecho feliz.

L. O., 8.º A




Corremos os dois pelo mundo, construindo um futuro. 

Ouvimo-nos, protegemo-nos, rimos juntos. O teu sorriso envolve-me num sonho sem fim e os teus olhos meigos entontecem-me. 
Sou muito feliz contigo e sem ti desoriento-me. O que sinto por ti é muito forte e por isso desejo que fiquemos um com o outro. Se entre nós houve conflitos e desentendimentos, tudo se resolveu. Momentos tristes e felizes, tudo se concretizou. 
Dei tudo por ti e juntos somos felizes.
I. P., 7.º B


Foi sem querer que cruzei os meus olhos nos teus. Rejeito viver de novo tudo o que se designou, em certo momento, como “nosso”. Continuo sem te entender, sem te perceber… 
Gostei de te ter por perto, porém quero desistir de ti, tenho de desistir, vou fingir que de modo nenhum te prezei.
Tenho que seguir em frente, pois tu despiste quem foste. Colhi, no correr dos tempos, medo de te perder. Contudo, hoje esqueci-te de vez.
M. R., 8.º A


Bendito és, meu ídolo,
invoco o teu ser em segredo.
Enterneço-me no teu colo,
proteges-me, repeles o meu medo.

Infinito, o brilho dos teus olhos,
leve, o toque dos teus dedos,
quentes, os teus beijos,
escondidos, os nossos segredos.   

Rogo-te que me leves contigo,
sem ti eu perco o tino
conduz-me, meu príncipe,
o céu é o nosso destino.

Seguindo sempre o nosso trilho,
um destino repleto de brilho.
Meu tesouro, meu rei,
contigo irei e viverei.
C. R., 8.º A




Sem ti, fico oco, fútil. 
Sem ti, viver tornou-se impossível.
Contigo revelei-me um ser poético e melodioso sol.
Ouço o som feliz do teu riso e rio. Rio muito.

Penso no mundo sem ti, 
penso no universo sem os teus sonhos 
e esgoto-me sozinho no fundo do poço, 
onde tudo é escuro. 

Nos meus sonhos, 
conservo sempre um sítio cheio de luz, 
um destino perfeito, que és tu.

Perto de ti, quero ser o melhor de mim.

J. M., 8.º A



Logo que te vi, soube.
Foste tu com quem sonhei, 
foste tu que desejei. 

Cruzei-me contigo e cego fiquei, 
de olhos fixos no teu esplendor. 

Feio ou bonito, 
de que cor for, 
contigo, o sonho é perfeito,
de que modo  for.

Fervo de te ver, meu doce desejo,
de te ver ir, gelo, num sofrimento sem fim.

Sei que vou viver em ti, ser em ti.
És tudo o que quero.
Este texto é teu, meu bem.
G. F., 8.º A


Foi no fim do estio quente que começou este enredo entre nós. Escolhemos os nossos interesses, por um longo período de tempo, sempre depois de o sol se pôr. 
Logo que o chuvoso inverno chegou, recebi, surpreendido, um envelope com um doce depoimento de bem-querer. Eu respondi exprimindo o mesmo sentimento, cheio de um sonho feito de luz. 
Depois, o tempo voou e nós, felizes, prosseguimos com o nosso imenso bem-querer.
O que nos promete o futuro?...

G. C., 8.º A


Gosto muito de ti. É impossível dizer o que me fizeste sentir. 
Sempre que os teus olhos me percorrem, sinto um doce fogo no peito. Quero ser todo teu, colher-te e seres todo o meu deleite por ti. Se sumires do meu mundo, nem sei o que hei de decidir. É impossível viver sem o teu sorriso e os teus olhos prendendo-me de desejo por ti.
Prendes-me de temor e de fervor. És todo o meu mundo.

D. C., 8.º A


É difícil exprimir-me, porque existe dor dentro de mim, o que sugere que, num momento próximo, direi o que sinto, mesmo que se torne inconveniente.
No momento em que eu me sentir bem comigo mesmo, sentir-me-ei competente e honesto contigo. Suponho que, nesse preciso momento, o medo de dizer o que corre no meu interior pode sumir. Nos meus sonhos, ele persegue-me e eu tento fugir, infelizmente, sem conseguir.
Digo-te que choro e rio só por ti.

B. G., 8.º A


Curioso, o que sinto por ti. Não consigo nem mesmo o tempo me consegue dizer por que motivo te escolhi. Como um livro, penso que sei o que ocorre no fim. Porém, de repente, o oposto sucede e fico de novo no meio do desconhecido. 
O vento puxou-me e fui onde ele bem entendeu. Sinto os teus olhos presos nos meus e, neste momento, é impossível ver-me longe de ti. 
O nosso destino é sermos felizes juntos?

E. A., 8.º A


MUITOS PARABÉNS A TODOS!


sexta-feira, fevereiro 21, 2020

A NOSSA CASA ESTÁ A ARDER



Greta Thunberg e a obra A Nossa Casa está a Arder foram o ponto de partida dos primeiros encontros do nosso Clube de Leitura.

No sentido de aprofundarmos o nosso conhecimento sobre esta «miúda que pôs a crise climática sob os holofotes», enriquecemos a nossa leitura partilhada da obra A Nossa Casa Está a Arder, recolhendo notícias e reportagens, que divulgámos para que todos pudessem ler.

Entretanto, por nos agradarem particularmente, selecionámos alguns excertos da obra que aqui deixamos:

«Há quem diga que eu devia era estar na escola. Há quem diga que eu devia estudar para me tornar uma climatóloga e depois «resolver a crise climática». Mas a crise climática já foi resolvida. Nós já estamos na posse de todos os factos e de todas as soluções. Tudo o que temos de fazer é acordar e mudar
Excerto da obra A Nossa Casa Está a Arder

[selecionado pela aluna A. F., 8.º C]


«Ou fazemos isso ou não fazemos.

Dizem que nada na vida é só preto ou branco.
Mas isso é mentira. Uma mentira muito perigosa.
Ou impedimos um aquecimento de 1,5 °C ou não.
Ou evitamos o despoletar dessa irreversível reação em cadeia que escapará ao controlo humano ou não.
Ou escolhemos continuar a ser uma civilização ou não
Excerto da obra A Nossa Casa Está a Arder

[selecionado pelo aluno J. A. M., 8.º A]


«E porque hei de estudar para um futuro que daqui a pouco poderá deixar de existir, quando ninguém está a fazer absolutamente nada para salvar esse futuro?
      E de que vale aprender factos dentro do sistema educativo quando os factos mais importantes transmitidos pelos melhores cientistas desse mesmo sistema educativo claramente não significam nada para os nossos políticos e para a nossa sociedade?»

Excerto da obra A Nossa Casa Está a Arder

[selecionado pela aluna I. P.,7.º B]


terça-feira, fevereiro 11, 2020

NÃO TE AFASTES


É esta a obra selecionada para a Prova da próxima etapa do Concurso Nacional de Leitura (escalão 2.º Ciclo):



«Após a morte do pai, Tomás acredita que, por sua causa, coisas más acontecem. Assim, para proteger a mãe e os amigos, decide deixar o lugar onde viveu toda a sua vida.
Mas o país é apanhado por um furacão e, de um dia para o outro, o rapaz vê-se no meio de ruínas e inundações, perdido e desesperado.
É, porém, no meio da tragédia que encontrará o mais inesperado dos amigos...»

David Machado nasceu em Lisboa, em 1978. É autor do livro de contos Histórias Possíveis e dos romances O Fabuloso Teatro do Gigante, Deixem Falar as Pedras, Índice Médio de Felicidade (vencedor do Prémio da União Europeia para a Literatura e do Prémio Salerno Libro d’Europa, adaptado ao cinema) e Debaixo da Pele. Tem contos publicados em revistas literárias e antologias espalhadas pelo mundo. É ainda um celebrado autor de livros infantis, entre os quais A Noite dos Animais Inventados, O Tubarão na Banheira, Eu Acredito, Uma Noite Caiu Uma Estrela e O Alfabeto Nojento, bem como do livro juvenil Não Te Afastes, selecionado pelo site The White Ravens, que elege os melhores títulos de literatura infantojuvenil em todo o mundo.


BOAS LEITURAS!




quinta-feira, fevereiro 06, 2020

Resultados | Fase Municipal do CNL



Após uma longa e proveitosa jornada, verificamos, com enorme prazer, que a Escola EB 2.3 de Inês de Castro e as nossas alunas M.E.L. (5.º B) e M.R.A. (6.º A) estão verdadeiramente de parabéns!

 Durante a manhã de ontem, em representação do AECO, realizaram, na Biblioteca Municipal de Coimbra, juntamente com os alunos do 2.º Ciclo apurados em todas as escolas do concelho de Coimbra, uma prova escrita, tendo por base a leitura da obra História de um caracol que descobriu a importância da lentidão, de Luis Sepúlveda. 

Nesta prova, foram apurados 5 alunos, entre os quais as nossas duas alunas!

Durante a tarde, esses 5 alunos realizaram as provas orais
Foram apurados 3 alunos, entre eles as nossas meninas M.E.L e M.R.A., que irão participar, no próximo dia 24 de abril, na Fase Intermunicipal do CNL!


Lá estaremos, a fazer da leitura uma festa!