E DAS FOLHAS FIZEMOS HISTÓRIAS...
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Trabalho realizado pela professora Raquel Sebastião |
As FÁBULAS «A Cigarra e a Formiga», «O Leão e o Rato»,
«A Raposa e a Cegonha», «A Lebre e a Tartaruga», «O Burro carregado de Sal e o Burro
carregado de esponjas», «O Corvo e a
Raposa» são bem conhecidas de todos os alunos do 5.º ano, agora que acabaram de as estudar nas aulas da disciplina de Português.
O que os alunos não sabiam era
que, enquanto afanosamente se dedicavam a trabalhar estes textos nas suas
aulas, a equipa da Biblioteca preparava uma surpresa para todos…
Ora acontece que, entusiasmada
com a avaliação muito positiva da exposição «Encontrar o Outono nas Folhas das Árvores... e dos Livros» que, generosamente, muitos lhe quiseram fazer
chegar, a equipa da Biblioteca continuou a «caçar inutilidades», isto é, a
colecionar folhas de outono, e a Professora Raquel a fazer trabalhos
assombrosos, agora com um pedido muito especial e verdadeiramente desafiante:
que das folhas nascessem animais!
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Trabalho realizado pela professora Raquel Sebastião |
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Trabalho realizado pela professora Raquel Sebastião |
A partir destes belos animais, que os alunos adoraram, a equipa da Biblioteca dinamizou Oficinas de Escrita e, no final de uma animadíssima, exigente e muito trabalhosa sessão, os alunos do 5.º D tinham criado, coletivamente, esta fabulosa fábula:
A NOSSA FÁBULA
No tempo em que os animais
falavam e não havia poluição, começava um novo dia. O sol brilhava num céu
limpo, os pássaros chilreavam e o dia chegava mais colorido.
– Ah! Hoje o meu pelo está tão
sedoso! – suspirava a raposa.
Estava a raposa entretida nestes
pensamentos, quando se aproxima um ouriço.
– O que é que um ser feio e espinhoso como tu
faz numa floresta tão bela quanto eu?
– Os meus espinhos são úteis para me defender
dos predadores! – explicou o ouriço.
Passados uns dias, a nossa raposa
saltitava pela floresta em busca de comida. Nisto, é avistada por um caçador…
– Bingo! Aquela é uma raposa com um pelo muito
belo, magnífico! Vai valer uma fortuna!
O caçador faz pontaria e…
– Ui! Ai! Ui! – gritou o caçador agarrando-se
ao pé e falhando o tiro.
O ouriço afastou-se, sentindo-se
vitorioso e feliz. A raposa fugiu a sete pés, mas ainda ouviu uma gralha
grasnar:
– Raposa, não julgues os outros
pela aparência!
25/11/2020
TEXTO
COLETIVO ELABORADO PELO 5.º D
OFICINA DE ESCRITA DINAMIZADA PELA BIBLIOTECA ESCOLAR
E da OFICINA de ESCRITA com os alunos do 5.º A nasceram muitos textos...
Vamos começar por divulgar estas pequeninas maravilhas:
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Trabalho realizado pela professora Raquel Sebastião |
OS PINTAINHOS COZINHEIROS
Estavam dois pintainhos na sua
casa, quando decidiram visitar uma cegonha que era famosa por ser muito alta e
ter um bico muito comprido. Quando chegaram lá, perguntaram:
– Olá, cegonha, o que estás a fazer?
– Estou a fazer uma sopa – respondeu a cegonha.
– Que giro, podemos fazer também?
– Vocês? Mas vocês nem ao caldeirão chegam! –
exclamou a cegonha, soltando gargalhadas.
– Pois, mas se pusermos aqui um banquinho, tu
vais querer comer esta sopa até ela acabar!
– Hum, então está bem, eu desafio-vos para um concurso de culinária!
– Desafio aceite! – exclamaram os
pintainhos ao mesmo tempo.
Como a cegonha tem um bico muito comprido, desajeitou-se e acabou por deitar demasiado sal. Quando chegou a hora de provar a sopa, os elementos do júri afirmaram, com toda a certeza, que a melhor sopa era a dos pintainhos.
A cegonha, é claro, ficou de boca aberta… Bom,
de “bico aberto”!
Moral da história: Não julgues os
outros pela aparência.
F. L. | 5.º A
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Trabalho realizado pela Professora Raquel Sebastião |
O LEÃO e a CEGONHA
Era uma vez um leão que vivia na selva. Ele era o rei dos animais e um dos seus súbditos era a cegonha.
Numa manhã de primavera, o leão disse à cegonha:
- Vai ao local onde pastam as zebras para as informar das novas leis!
A cegonha achava que ele era muito exigente, pois estava sempre a mandá-la para aqui e para ali. Um certo dia, decidiu elogiá-lo muito...
O leão gostou tanto de ouvir os elogios que só conseguia pensar nisso, deixando de cuidar do seu reino e passando a ser o leão mais vaidoso, preguiçoso e comilão da selva. A selva ficou uma confusão, porque não havia ninguém para liderar os animais.
Enquanto preguiçava, o leão lembrou-se do que a mãe lhe costumava dizer:
- Meu filho, nunca deixes de dar o teu melhor!
Foi assim que o leão percebeu que não devia dar ouvidos ao elogio e decidiu retomar o reino da selva.
Não se esqueçam, não se deixem levar pelos elogios…
C. F. | 5.º A
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O ELEFANTE e o PINTAINHO
Estava uma belo dia de sol e um pintainho andava a passear até que chocou contra um elefante.
Esse elefante virou-se para trás e disse:
- Vê por onde andas, pequenote!
- Desculpa…
- Como é que um animal tão pequeno pode ter sentimentos?
- Claro que tenho, sou igual a ti, mas mais pequeno!
- Pois, eu sei… Tão pequeno que não serves para nada.
Passados alguns dias, o pintainho deparou-se com o elefante. Ia para falar com ele, mas ficaram os dois presos numa armadilha. O pintainho, como era pequeno, conseguiu escapar, mas o elefante não. Então suplicou:
- Por favor, ajuda-me, não consigo sair!
- Não te devia ajudar, porque disseste que eu não servia para nada, mas… é sempre bom ajudar!
O pintainho ajudou-o e o elefante pediu desculpa.
Moral da história: não devemos gozar com os outros pelo seu tamanho e aspeto.
T. B | 5.º A
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Trabalho realizado pela Professora Raquel Sebastião |
O LOBO e a RAPOSA
Era uma vez, no tempo em que os animais falavam, um aldeão que foi à pesca e apanhou muito peixe. Uma raposa muito matreira viu o peixe e, quando o homem não estava a olhar, roubou-o.
A raposa, depois de ter o seu petisco, foi para os arbustos comer, muito contente. Um lobo, que andava à procura de comida porque estava muito frio e tinha muita fome, viu a raposa a comer e perguntou muito espantado:
- Como é que conseguiste tanto peixe?
- Fui ao rio, coloquei a cauda na água e esperei – disse a raposa, muito orgulhosa…
Então o lobo fez o mesmo. Foi ao rio, pôs a cauda na água e esperou, esperou, mas nada aconteceu.
Pouco tempo depois, uns aldeões apareceram para afugentar o lobo. Ele estava com muito medo porque a cauda tinha congelado no rio e, pobre do lobo, ficou sem cauda.
Já a raposa foi a casa de um aldeão para roubar um pouco de pão ainda por cozer e pôs na cabeça, como se fosse uma ferida muito grande.
Depois voltaram a encontrar-se, o lobo sem cauda e a raposa com uma ferida a fingir:
- Lobinho, meu amigo, leva-me até casa, porque tenho uma ferida muito grande, como podes ver! – exclamou a raposa, baixando a cabeça. - Lobinho, meu amigo, ajuda-me!
O lobo, não se apercebendo de que era tudo mentira, fez o que a raposa lhe pediu e lá foram, o lobo sem cauda e a raposa nas suas costas a lambuzar-se toda com a massa do pão.
Não caias no conto do vigário, porque não sabes o que pode acontecer!
V. B. | 5.º A
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Trabalho realizado pela Professora Raquel Sebastião |
Um dia, andava um cão perdido na floresta, porque tinha fugido de casa. Queria encontrar alguém que o conseguisse ajudar, mas ninguém conseguia, pois não sabiam onde era a sua casa. Até que encontrou um leão que lhe perguntou:
- O que é que se passa?
- Estou perdido. Ajudas-me?
- É óbvio que não. Ninguém te mandou sair de tua casa sem estares preparado para enfrentar qualquer obstáculo.
Entretanto, apareceu o dono do cão que andava à sua procura e lhe deu uma salsicha fresca à frente do leão, que exclamou:
- Sortudo! Tens comida para comer!
- É uma vantagem de ser um animal doméstico – esclareceu o cão.
O cão foi-se embora com o dono e o leão virou costas e foi brincar.
Quando o leão chegou ao pé do melhor amigo, perguntou:
- Queres brincar comigo?
- Não, porque foi muito feio aquilo que disseste àquele cão salsicha.
O leão foi ter com a mãe, que também tinha visto aquela cena, e ela disse:
- Como toda a gente sabe, todos têm os mesmos direitos; por isso, toma este bocado de carne.
Independentemente de sermos diferentes, temos todos os mesmos direitos.
C. T e J. G. | 5.º A
A criatividade e a imaginação não tem limites. Até parece que é fácil das folhas saírem animais. FABULOSO! Parabéns à Raquel e à Ana Isabel.
ResponderEliminarMuito obrigada!
EliminarBrilhante trabalho de equipa!
ResponderEliminarA palavra e a imagem, num "casamento" perfeito!
Parabéns!
Muito obrigada. É um prazer trabalhar assim!
EliminarTrabalhos fantásticos! Parabéns à Professora Raquel, à Professora Ana Isabel e aos pequenos grandes escritores! Hoje, cá em casa, estas foram as histórias que se leram antes do príncipe adormecer. E que belas histórias. Não foi fácil escolher, dada a qualidade, mas o príncipe gostou particularmente do Pintainho, em "O Elefante e o Pintainho" (ainda não as lemos todas; amanhã há mais...).
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