sábado, abril 04, 2020

E DAS IMAGENS NASCERAM (AINDA MAIS) TEXTOS...

Hulton-Deutsch Collection / Corbis,
Uma rapariga mergulhada num livro a um canto da livraria Foyles, 1949


No conjunto da exposição «Mulheres que Leem», foi esta a imagem que três alunos consideraram mais inspiradora...

Vejamos o maravilhoso texto da Cíntia M. que dela nasceu:


Perdida à procura de conhecimento,
fui engolida pela onda da leitura
e encaminhada 
até à ilha da poesia, da prosa, da aventura.

Onde os livros são as estrelas que me iluminam
e a poesia dá luz aos meus dias.

Na floresta tropical das letras,
viajo pelos contos, pela imaginação,
nesta viagem ao infinito em que me encontro,
tomo rumo à imensidão da sabedoria.

Na onda em que regresso à realidade,
entrego-me às águas como uma mulher apaixonada.




E que dizer do delicioso texto do Rodolfo C.?


«Luísa vivia próximo de Lisboa. Como habitualmente, desfrutava do passeio até à biblioteca onde, com a sua mãe, passava boa parte do seu tempo lendo muitas histórias.
Quando aí chegava, a menina refugiava-se num canto e ficava só, apenas com a aura dos livros que escolhia. No seu nicho preferido, permanecia entre as obras literárias empilhadas e, descobrindo a insaciável magia, debruçava-se folheando as páginas uma a uma.
Sonhava ser escritora, mas tinha ainda muito que ler.»



A mesma imagem inspirou a Inês M. que escreveu este belo texto:


A menina e os livros

Num belo dia de primavera, Margarida estava sentada no seu jardim, quando leu no jornal que ia abrir uma nova livraria na cidade. Como gostava muito de ler, não perdeu tempo e foi visitar a nova livraria. 
Ficou espantada ao ver a imensa quantidade de livros que eram magníficos e tinham capas belíssimas, tão belas que davam vontade de os ler. 
Margarida gostou tanto dos livros que decidiu levar os seus preferidos.






Silja Göltz

E esta foi a imagem que inspirou a Beatriz C., que decidiu brindar-nos com este grande texto, cheio de verdade:


«Fiz uma amiga. 
Ela parecia ser uma menina introvertida, até eu a conhecer. Amy é o nome dela. Adora ler e nunca a vi sem um livro nas mãos. Para além de ler, adora andar de bicicleta, diz ela que se sente livre quando o faz. 
Amy não é bonita, mas o que ela sabe ultrapassou tudo o que poderia imaginar. 

Todos a julgam como se julga um livro, pela capa, e esse é o grande erro.»



E o mesmo podemos dizer do belo texto da autoria da Rita C.:


«Escrever não é só desenhar palavras, ler não é apenas observar frases que foram escritas, mas sim a partir delas sonhar e imaginar.
Com a escrita tudo é possível. Mesmo tudo? Sim, é verdade. 
A sério? Então através da leitura e da escrita posso imaginar tudo o que quiser? É verdade, até uma menina pequenina como tu se pode imaginar numa bicicleta invisível, através das pequenas palavras de um livro.

Tudo depende de como olhas as palavras.»




Já o João A. foi beber a sua inspiração a esta encantadora imagem:

Anna Melcon Bond

E igualmente encantador é o texto que dela nasceu:

«Nesta imagem, posso ver uma menina sentada na barriga de um urso, a ler um livro. Do lado de fora consigo ver um cão a latir, dois guardas, um helicóptero a voar por cima das árvores, um livro caído no chão e uma bicicleta.
Na minha opinião, a barriga do urso representa um esconderijo e a menina refugiou-se no seu livro. Tenta, assim, fugir à realidade barulhenta que está à sua volta, representada pelos outros elementos do desenho.»



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