«FICAR PERTO DO QUE ESTÁ LONGE»
Nos últimos dias, muitos foram os textos que nos chegaram. E foi verdadeiramente gratificante ver como cada aluno escolheu e leu a sua imagem da
exposição «MULHERES QUE LEEM»...
Não poderíamos deixar de destacar o enorme entusiasmo
com que uma aluna, que já há muito nos enviara o texto
escrito por si, nos fez chegar o belo texto que incentivou
uma familiar sua a escrever:
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George Dunlop Leslie, Alice in Wonderland, 1879 |
Menina que ouve ler…
Menina que escuta a leitura dos pais aprende a sonhar, desenvolve a criatividade, cresce com conhecimento, cria objetivos, luta pelos seus ideais. Sonha, vive, é feliz.
A leitura é uma porta aberta para o Mundo, é cultura, é ficar perto do que está longe.
Menina que escuta a leitura dos pais vai tornar-se uma mulher culta, independente, autónoma, perspicaz, livre… Vai ler para os seus filhos, ensiná-los a construir o caminho da felicidade.
Marta Rosas
E aqui fica a oportunidade de todos lermos os bonitos textos que tantos alunos decidiram escrever:
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Claude Monet, 1872 |
Sou uma guerreira sem espada.
Quero sentir o vento, quero ouvir o doce canto dos pássaros para que árvores e flores tenham movimentos dançantes. A natureza tem tesouros onde me inspiro para escrever e mais tarde ler e perceber que tudo à minha volta é belo.
Menina, só é preciso levantar a cabeça e sorrir… para compreender a arte da vida.
Juliana V.
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Hulton-Deutsch Collection |
Vou contar-vos uma história que me aconteceu...
Eu era bibliotecária e, num dia escuro e chuvoso, vejo entrar uma menina bonita toda molhada e descalça. Logo a embrulhei num casaco. Ele perguntou-me se podia ler um livro de fantasia, eu dei-lhe vários. Ela devorou-os.
Quando finalmente terminou a sua viagem, deitou-se no chão e dali não saiu, até ser dia.
Tentei acordá-la, mas foi em vão. Parecia que tinha ficado no seu mundo maravilhoso.
Teresa M.
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João Fazenda |
Fazia dois meses que não saía de casa, pois uma doença contagiosa tinha atingido o seu país. Mas, no seu quarto, viajava sem qualquer receio e imaginava voltar à normalidade.
Assim, esta menina podia ser feliz, sonhar e tentar viver o melhor possível esta desagradável situação.
Francisco C.
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Jillian Tamaki |
Desligada de tudo, mergulhara naquela história, e assim caminhava, lendo, com todas as suas forças, cada peripécia, enquanto por cima do seu lindo chapéu vermelho a chuva caía com abundância.
Podem até chamá-la de louca, sim… Porém, não sabem que assim ela escrevia a sua própria história…
Nem uma tremenda tempestade a faria desistir!
Ler para vencer!
Rodrigo P.
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Silja Gotz |
Havia uma menina, inocente, jovem, de olhos muito azuis, que ainda não sabia ler. Vivia com a avó, que não era muito idosa e tinha ainda cabelos negros. Todos os dias ia à biblioteca na sua bicicleta e adotava um livro para ler à neta.
O tempo passou e a menina foi para a escola, onde aprendeu a ler. No entanto, embora já soubesse ler muito bem, curiosamente, sempre pedia à avó para lhe ler uma história.
Dinis G.
Sofia, uma adolescente amante de livros, resolvera abrir um clube de leitura na sua escola.
Rapidamente pôs mãos à obra. Passou várias horas na sua biblioteca preferida, a ler e a escolher cuidadosamente os exemplares mais adequados para propor no seu clube. Sempre tivera uma predileção por livros históricos, livros que explicam “como” e “porquê”.
O clube atualmente é um sucesso e Sofia sente-se realizada, mas, sempre que possível, mergulha nos livros da biblioteca.
Marta Sofia R.
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George Dunlop Leslie |
Parei tudo o que estava fazendo e procurei um livro intrigante. Uma personagem chamada Dulce dizia: “liberdade é o sentimento de saber voar...”. Minha filha então virou-se com uma expressão alegre, queria ser como Dulce!
A partir daquele momento percebi o quanto os livros podem ser uma fonte de inspiração para outras pessoas.
Gabriela S.
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João Fazenda |
Aí abundavam os livros, também eles abandonados!
Subitamente, eles despertaram a sua curiosidade…
Então ela começou a ler com dificuldade, mas também com muita determinação!
Muitos anos passaram! Maria já se tinha tornado uma mulher de sucesso, pois já tinha filhos e um emprego que ela adorava, porque agora conseguia estar todos os dias perto da sua paixão, os livros!
Fernanda S.
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George Dunlop Leslie |
Jubilea era uma menina que vivia na Polónia, frequentava a quarta classe e era hiperativa. Tal como as outras crianças, Jubilea tinha atividades extracurriculares, mas tinha mais dificuldade em realizá-las, por ser hiperativa.
A única forma de Jubilea se acalmar era ouvir uma história contada por sua mãe, pois nas palavras encontrava paz.
Todos os dias, a sua mãe sentava-se no sofá para lhe ler uma história e, no final, ela adormecia nos seus braços.
Miguel V.
E terminamos exatamente como, há muitos dias, começámos esta aventura: com a apresentação de um delicioso e promissor texto de uma aluna do 5.º ano:
Como prenda de Natal, recebi um livro e uma boneca! Fiquei tão feliz!
Nos dias seguintes, mal acordava, começava a tentar ler.
A minha mãe, mulher maravilhosa, observava o meu entusiasmo e então contava-me a história. Todos os dias, um bocadinho! E eu adorava aqueles momentos!
Aconchegadinha ao seu peito, ouvia-a com muita atenção e, quando dava por mim, já estava a sonhar, a viajar nas minhas fantasias e a bonequinha à espera de brincar… Tão bom!
Maria Inês R.
MUITO OBRIGADA E MUITOS PARABÉNS
A TODOS OS PARTICIPANTES NO NOSSO
DESAFIO DE ESCRITA CRIATIVA!!!
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